[Coluna] DIANTE DAS INCERTEZAS UMA BREVE REFLEXÃO: UM PANORAMA DAS DECLARAÇÕES SOBRE SEGURANÇA INTERNACIONAL DO BRICS do BRICS
Journal Title: O Cosmopolítico - Year 2020, Vol 5, Issue 2
Abstract
Recentemente foi traduzido pela editora Paz & Terra o livro de Oliver Stuenkel intitulado “BRICS e o futuro da ordem Global”. Neste, é apresentado ao leitor como e em quais circunstâncias foi possível à ascensão dos BRICS enquanto um grupo institucionalizado composto por países emergentes que almejam, não somente, mas, especialmente, democratizar a tomada de decisões a partir de modificações realizadas dentro da própria ordem já estabelecida (STUENKEL, 2017). Um aspecto que chama atenção no livro é a capacidade do autor de fazer um panorama, indo desde a criação do termo cunhado pelo economista Jim O’Neill da Goldman Sachs em 2001 – que buscou reunir em um único termo os principais países que estavam se desenvolvendo rapidamente –, até a formação de um grupo político que conseguiu, pelo menos até o ano de 2016, manter certa constância ao realizar encontros e acordos regulares, bem como projetar sua identidade e objetivos de maneira conjunta, sendo capaz, até mesmo de integrar novos países na sua dinâmica como, por exemplo, a incorporação da África do Sul em 2011. De acordo com o pesquisador, é possível perceber, também, uma série de questionamentos não somente dos analistas, mas também dos líderes das principais potências mundiais, na capacidade do BRICS de se manter como um grupo institucionalizado que sobreviveria nos organismos que criam e reproduzem um tipo de ordem e legitimidade na comunidade internacional, mesmo diante de uma crise financeira e das possíveis discordâncias de interesses entre os países membros.
Authors and Affiliations
Katherine Nunes de Azevedo
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