[Coluna] SEM PÁTRIA E SEM DIREITOS: UMA ANÁLISE DA QUESTÃO ROHINGYA A PARTIR DA APATRIDIA
Journal Title: O Cosmopolítico - Year 2019, Vol 4, Issue 3
Abstract
A perseguição sofrida pelos Rohingyas em Myanmar e sua consequente fuga tem ganhado espaço na mídia e nos debates internacionais. O governo de Bangladesh – país vizinho e principal receptor dos refugiados Rohingyas – não tem sido capaz de acolher o número alarmante de pessoas que chegam ao país, resultando em campos de refugiados sem a estrutura necessária para acolher essa população. O que deveria ser a última esperança de um grupo perseguido se torna um ambiente inóspito, mas, ainda assim, preferível a sua condição em seu país de origem. Enquanto muito se fala sobre a crise migratória que a Europa está sofrendo com o grande fluxo de refugiados, o drama de Bangladesh, um país que sofre com a pobreza de seus próprios nacionais e com grande concentração populacional, permanece pouco explorado. A violação dos direitos dos Rohingyas não é recente. Mas, afinal, que direitos teriam os Rohingyas se eles não pertencem a nenhum país? Para além da perseguição vivida nos últimos meses, o status de apátrida já se configurava em uma violência por retirar seus direitos e transforma-los em estrangeiros em seu próprio país. Desse modo, será dado enfoque ao significado de ser apátrida e suas consequências. Antes, será feito um breve histórico da presença dos Rohingyas em Myanmar para uma melhor compreensão de quem é essa população e porque ela está sendo perseguida.
Authors and Affiliations
Luísa de Sá Rollemberg
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