PASSARELLI, Brasilina – Interfaces Digitais na Educação: @lucin[ações] consentidas. São Paulo: Escola do Futuro da USP, 2007. Lançado em 31 de maio de 2007 pela FEBAB, com o apoio da Fundação Memorial da América Latina
Journal Title: Pesquisa Brasileira em Ciência da Informação e Biblioteconomia - Year 2007, Vol 2, Issue 2
Abstract
A Educação vive hoje momentos de profundas incertezas: o agir pedagógico tradicional, paradigmático do fim do milênio não mais satisfaz, não mais consegue “dar sentido ao mundo”. Baseado na Razão e na Revolução Científica, o mundo da Modernidade gerou uma quantidade de conhecimentos sem precedentes, em todas as áreas. No mundo social, o mundo globalizado, caracterizado por intensos fluxos de capital, produtos e informações passou a exigir de seus cidadãos novas competências entre as quais, a mais importante é, sem dúvida, a capacidade de “pensar sistemicamente”. Como diz Edgar Morin, na obra em que aconselha a “repensar a reforma e a reformar o pensamento”, é preferível hoje um aluno com uma “cabeça bem feita”, apta a organizar e ligar os novos e múltiplos conhecimentos, a um aluno com uma “cabeça bem cheia”, que apenas acumula esses conhecimentos sem saber organizá-los ou dar-lhes algum sentido. Em Educação, o que hoje se propõe é uma “escola inteligente”, um local rico em recursos para que a aprendizagem seja efetivamente significativa. No conceito da autora do livro “essa escola deve transformar-se no local onde os alunos poderão construir seus conhecimentos em conformidade com seus estilos individuais de aprendizagem. A ênfase não mais residirá na memorização dos fatos: o importante agora será expressar-se com clareza, solucionar problemas e tomar decisões adequadas. O currículo deverá não apenas reconhecer a importância de outras formas de inteligência, além da lingüística e da lógicomatemática, mas também oferecer uma visão sistêmica do conhecimento humano. Essa escola fará menos uso do livro-texto e do quadro-negro, privilegiando o uso de novas tecnologias de informação e comunicação”. (no texto sem destaque). Brasilina Passarelli, ainda jovem bibliotecária formada pela ECA, chamou minha atenção e atraiu minha simpatia como pioneira na arquitetura de sistemas de informação, logo no início de suas atividades profissionais. Desde a década de 80 e início dos anos 90, desenvolvi uma verdadeira cruzada de alerta aos profissionais da Educação e da Biblioteconomia para as profundas mudanças que a Tecnologia da Informação (TI) iria provocar nessas duas áreas do conhecimento. Envolvida com a SUCESU, consultora da ITAUTEC, vislumbrei facilmente um novo campo de trabalho para os bibliotecários que não se “deitassem em berço esplêndido” e assumissem seu perfil de educadores modernos. Conheci então Brasilina Passareli e Maria Bernadete Câmara Schauer, militantes na área empresarial e logo procurei envolvê-las na “cruzada”, proferindo palestras e dando cursos, confiante em sua juventude e na vontade que demonstravam em querer abrir novos caminhos na atividade profissional. Em 1993, em sua tese de doutoramento, “Hipermídia na Aprendizagem”, Brasilina Passarelli, docente na área de Ciências da Informação, construiu um protótipo interativo sobre a escravidão no Brasil e, a partir daí, dedicou-se à realização do que ela intitula pesquisas-ação acerca dos impactos das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) no processo de aprendizagem, tanto na educação formal à distância, como no que se denomina “educação aberta” ou não-formal à distância.
Authors and Affiliations
Carminda Nogueira de Castro Ferreira
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