[Coluna] NORTE-COREANOS: DE REFUGIADOS A DUPLOS DESERTORES
Journal Title: O Cosmopolítico - Year 2020, Vol 6, Issue 1
Abstract
A divisão da península coreana foi um dos resultados da Conferência de Potsdam de 1945, a qual seguiu o fim da Segunda Guerra Mundial, e foi marcada por um intenso fluxo migratório pelo Paralelo 38o (marco escolhido para delimitar a fronteira entre o Norte – República Popular Democrática da Coreia ou DPRK – e o Sul – República da Coreia ou ROK – do território coreano). Desde o momento da sua fragmentação até os dias de hoje ambos os governos têm, em suas constituições, o dever de Estado de reunificar as Coreias. Cada um se enxerga como autoridade legítima de todo o território e, portanto, os cidadãos do Norte possuem o mesmo status no Sul e vice-versa (MOREIRA, 2017). A implicação disso é que os norte-coreanos, ao migrarem para Sul, apesar de serem concebidos como refugiados pela Comunidade Internacional, perdem esse status de refugiados e passam a ser considerados desertores, uma vez que são cidadãos da República da Coreia (MOREIRA, 2017). E, como um governo não reconhece a legitimidade do outro, o próprio fluxo de pessoas entre o Norte e o Sul é considerado crime em ambos os Estados (LANKOV, 2006).
Authors and Affiliations
Yasmin R. D. da Motta
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