CORPOS QUE QUEBRAM: interseccionalidade, fractalidade, interferência

Journal Title: Revista Espaço do Currículo - Year 2022, Vol 15, Issue 1

Abstract

Este artigo revisa o debate sobre a interseccionalidade e seus efeitos na pesquisa em currículo com ênfase nas políticas dos corpos nas escolas de Educação Infantil. Embora o debate sobre a interseccionalidade seja oficialmente descrito como nascido no final da década de 1980, sua emergência pode ser rastreada até a institucionalização dos estudos da mulher na década de 1970 e o movimento feminista da década de 1960. Feminismos negros, incluindo no Brasil, há muito defendem a força da categoria como espinha dorsal do pensamento feminista. Porém, nos últimos anos, a interseccionalidade tem enfrentado críticas, desde a filosofia feminista negra até a pesquisa política aplicada. Este artigo utilizará duas histórias heterogêneas de corpos infantis racializados e as suas performances de dança e canto de funk nas escolas para produzir uma reimaginação da relação entre currículo e diferença. Esta investigação aciona o pensamento fractal de Denise Ferreira da Silva para suplementar a interseccionalidade com considerações onto-epistemológicas sobre padrões de interferência, ou seja, em que corpo e mundo estão sempre enredados.

Authors and Affiliations

Lorraine Andrade Gonçalves; Victor Pereira de Sousa e Thiago Ranniery

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  • EP ID EP706440
  • DOI 10.22478/ufpb.1983-1579.2022v15n1.62931
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How To Cite

Lorraine Andrade Gonçalves; Victor Pereira de Sousa e Thiago Ranniery (2022). CORPOS QUE QUEBRAM: interseccionalidade, fractalidade, interferência. Revista Espaço do Currículo, 15(1), -. https://europub.co.uk/articles/-A-706440