FORMAÇÃO DOCENTE E CURRÍCULO: POSSÍVEIS ENCONTROS ENTRE EDUCAÇÃO INFANTIL E EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Journal Title: Revista Espaço do Currículo - Year 2012, Vol 5, Issue 1
Abstract
Nosso intuito, nesse artigo é destacar a forma como vêm sendo pensadas as políticas educacionais de atendimento a infância ‐ e sua efetivação (ou não) no contexto das instituições que lidam com a criança pequena ‐ a fim de problematizar o lugar da Educação Ambiental nas políticas educacionais que orientam a formação de professoras/es da Educação Infantil. Ao analisar esses documentos A área da infância vem se constituindo, nas últimas décadas, a partir do reconhecimento dos direitos da criança, principalmente em relação à educação e ao atendimento em instituições específicas, fruto de um processo de lutas e embates que busca vencer as desigualdades que marcaram a história da criança (principalmente da criança pobre) em nosso país. No Brasil, a Educação Infantil – EI é instituída no âmbito da emancipação da mulher e sua inserção no mercado de trabalho em virtude do acelerado processo de urbanização, na conjuntura de uma sociedade marcada por contradições que permitem a coexistência de crescimento, miséria, desemprego e acesso desigual aos bens sociais ‐ como por exemplo, oportunidades de educação ‐ pelas diferentes classes sociais. Dessa forma a EI nasce dissociada da intenção de educar, ou seja, desvinculada de um currículo e da escola, e é concebida, por um longo período, como uma questão secundária e de cunho assistencialista (KRAMER, 2011). Nesse contexto, as políticas educacionais de atendimento a infância tem sido marcadas, desde o seu início por encontros e desencontros que revelam tanto uma concepção de discriminação quanto uma visão fragmentada desse período geracional e têm sido orientadas por diversas abordagens. Nos anos 1970 a perspectiva da “privação cultural” ganha destaque com ênfase nas carências culturais, deficiência linguística e defasagens afetivas que concebia as crianças como carentes, deficientes e imaturas. Nos anos 1980 essa concepção ‐ reforçada, inclusive, por documentos oficiais ‐ é questionada pelos Estados e municípios, a partir de contribuições da psicologia, sociologia e antropologia, que evidenciaram a condição desigual que estava sendo imposta às crianças e a necessidade de combater essa desigualdade e reconhecer as diferenças. Esse era um desafio necessário à consolidação da democracia e de repúdio a injustiça social e a opressão.
Authors and Affiliations
Adelaide Alves Dias, Maria Gorete Cavalcante Pequeno
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